Author(s):
Angelo Brigato Ésther | Isabella Stroppa Rodrigues | Leandro Ribeiro da Silva | Virgílio Cézar da Silva e Oliveira
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) | Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) | Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) | Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
angelo.esther@ufjf.br | isabellastroppa@gmail.com | leandro.ribeiro@ufjf.br | virgilio.oliveira@ufjf.br
Resumen/Abstract:
A despeito do crescimento da universidade pública durante os governos do Partido dos Trabalhadores, a situação se tornou problemática notadamente a partir do governo de Michel Temer e com a consequente eleição de Jair Bolsonaro em 2018. A educação superior pública passou a sofrer tanto cortes orçamentários quanto ataques no nível ideológico, mediante acusações do tipo exercício de “doutrinação marxista”, “produção intensiva de anfetaminas”, dentre outras, pelo próprio governo. Aliando discursos negacionistas e conspiracionistas, com forte apoio de parte da mídia hegemônica, dos militares, das igrejas evangélicas neopentecostais e outros atores alinhados à ideologia extremista de cunho fascista, o discurso oficial passou a defender a ineficácia e a incompetência da universidade, reforçando assim a política de cortes e desinvestimentos. Tal estratégia foi utilizada para a promoção de políticas que não apenas deslegitimava a ação universitária como também para propor um novo “modelo” de universidade. Ainda que tais iniciativas tenham sido rechaçadas, o ideário permanece vivo. Diante do exposto, emergem questões fundamentais: uma vez que não há uma real política de Estado para a educação, qual o papel que a universidade tem para o futuro do país? Como a universidade pode contribuir para as grandes questões nacionais e internacionais? Quais políticas educacionais são prioritárias? Quais as diretrizes estratégicas que as universidades devem adotar? Quais as implicações para a governança e gestão das universidades? O que pode ocorrer com a universidade com uma eventual derrota eleitoral em 2026? Assim, o artigo analisa os desafios para a política educacional e para a atuação da universidade. Para responder tais indagações e ao objetivo proposto, é realizada análise de documentos, de discursos oficiais e de dados secundários, numa perspectiva crítica que coloca não apenas a universidade sob escrutínio em termos de sua identidade e seu papel, mas também a dinâmica política e sua orientação ideológica
Panel GT: 2024-17 Planejar gerir desenvolver territórios lusófonos e a era da informação na administração pública
Status: Accepted-Aceptado
Modalidad: Ponencia Presencial(Madrid)